Me banho no mar, sentindo o gosto salgado das ondas que me abraçam. E no caminho de volta para casa deixo na areia a marca de meus pés ainda molhados. Aquelas pegadas tão cruas, feitas por meus dedos enrugados, eram na verdade a esperança que você me seguisse.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Sobras de outono
Eu vejo a beleza caprichosa de um sol encoberto por nuvens. Que ganham formas no reflexo das luzes do teu cabelo. A plenitude azul, de duas verdades circulares. Eram teus olhos, anunciando que o céu estava limpo. Hoje não parecia outono.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Marcas em vinho tinto
Vinho nas minhas veias e sangue na garrafa em frente a tua mesa. Só as marcas no meu pulso sabem a dor que carrego. Hoje eu acordei um dia mais triste que ontem, fez aniversário de um ano que não te vejo. Eu só te vejo quando sonho, mas faz tempo que eu nem durmo mais.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Unicórnio
No impulso dos dedos, as letras que digito, contam apenas o que já não tenho. Por isso te reconheço repetidas vezes nas linhas que escrevo. Meus textos ainda levam teu nome, mesmo que o desejo seja contrário. Há tempos só bebo das fontes que me fazem mal.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Vulcão
Sou a fumaça do vulcão, querendo explodir. Só que eu nunca entro em erupção, eu fico aqui queimando, por dentro.
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