Seus cigarros mentolados não adoçam mais minha vida. Passou o tempo em que dividíamos na manhã o mesmo café. Todos estão bem, o mundo continua girando e nós dois sabemos que somos solitários demais para nos amarmos por pena. Depois de tanto tempo juntos, aprendemos a temer a liberdade, mas esse não é um modo justo de se viver. Deixa agora apenas tudo se despedaçar, ninguém vai juntar os cacos, porque não restou nada para ser consertado. Nós erramos da melhor maneira que podíamos.
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
7 vezes
O carinho, nem sempre é remédio. Ninguém acorda com um afago, é o tapa que nos tira do apego. Quem tem medo de se machucar não vive, quem se machuca não quer mais viver. A vida é dilema, tenho dó é do gato, que tem de suportar 7 vezes esse inferno. Se soubesse a dor da partida, ainda assim esperaria a minha chegada?
sexta-feira, 25 de março de 2011
Vou ao vento
segunda-feira, 21 de março de 2011
Poderia ser
quarta-feira, 16 de março de 2011
Bem-vindo
E a terra que recobre os sapatos me recorda os lugares por onde passei. De todos os caminhos que percorri, os que me perdi são os que guardam mais lembranças. Quando nós sabemos aonde ir, nos sentimos seguros demais para arriscar. Às vezes a zona de conforto é extremamente desconfortável. Toda estrada nos leva a algum lugar e quando não se sabe o que procurar, o que quer que se encontre é bem-vindo. No final eu sei, que só me encontro, quando me perco.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Explorador
As respostas que ganhei, só me trouxeram mais perguntas. Eu tenho tatuado no peito uma incógnita, ela foi marcada em brasa. E quando minhas dúvidas ardem, é meu coração que queima. Prefiro derreter no calor das incertezas, do que me julgar sábio demais para aprender. Eu sou um explorador, descobrindo a mim mesmo. "Je ne crains pas ceux qui cherchent la vérité; Je crains d'avantage ceux qui sont convaincus de l'avoir trouvé".
quarta-feira, 9 de março de 2011
Você, carnaval e cinzas
Os confetes já morreram na avenida, é quarta-feira, dia de cinzas e de nós sobrou apenas o pó. A ressaca me lembra o que quero esquecer, todos os pecados desse carnaval, e eu peço perdão nesse beijo de aspirina, que alivia a dor que não sai da minha cabeça. Hoje não há café que mate meu sono, mas a vida que levo é boa demais para se deixar adormecer, a não ser que seja você que durma ao meu lado.