terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Atalhos

Que diferença faz. Escolher o que dá certo ou reparar só no errado. Ser otimista e pessimista, ter medo ou coragem. Que diferença isso faz, se a gente já não faz, diferença um pro outro.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Vida longa aos momentos pequenos

Na mão os traços da linha da vida, se confundem com as rugas da idade. Isso explicaria sua história tão confusa, uma desculpa pra disfarçar a sua falta de certeza. Os dias se encurtam e o verão não está claro, chove dentro e fora. O medo de não ter pra onde ir, se torna a aventura de não saber até onde podemos chegar e qualquer caminho parece muito pouco. Como se o destino não coubesse em uma só palma.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É estranho demais

Acordei mal humorado, mais revirado que meus lençóis. O café estava aguado, havia uma luz no sol que não parecia certa. O nascer do dia me devia algumas cores, como se faltasse um pedaço do amanhecer. Coloco minha roupa e me visto do meu melhor sorriso, pra ninguém desconfiar. Abro a porta e tento caminhar, mas já não tenho forças, arrasto os joelhos até o bar, ainda é quinta-feira e preciso de uma cerveja. O garçom me reconhece e já sabe o que trazer. Conversamos como amigos, sem ele nem saber meu nome e vejo que na minha rua ninguém sabe, por um momento fico triste, me despeço e bêbado caminho embora. Na estrada da vontade de chorar, é tão estranho para os outros não ter nome. Eu queria ser lembrado, nem que fosse pelos meus defeitos.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Depois da hora

E a lágrima nos vem, quando não podemos fazer nada. Nasce do sentimento atrasado, do estrago já feito. A lágrima, sempre fala de passado.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

É só uma frase

Seguir em frente, indo pra trás e atrás da nuvem ver o sol. Essa escuridão é só sombra, de nós nada anoitece. Então não me interprete mal, a vida é um texto que se lê ao contrário. Um sonho, que se sonha acordado. E na minha cabeça, só penso que é sexta-feira e a gente nem se fala mais.