quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É estranho demais

Acordei mal humorado, mais revirado que meus lençóis. O café estava aguado, havia uma luz no sol que não parecia certa. O nascer do dia me devia algumas cores, como se faltasse um pedaço do amanhecer. Coloco minha roupa e me visto do meu melhor sorriso, pra ninguém desconfiar. Abro a porta e tento caminhar, mas já não tenho forças, arrasto os joelhos até o bar, ainda é quinta-feira e preciso de uma cerveja. O garçom me reconhece e já sabe o que trazer. Conversamos como amigos, sem ele nem saber meu nome e vejo que na minha rua ninguém sabe, por um momento fico triste, me despeço e bêbado caminho embora. Na estrada da vontade de chorar, é tão estranho para os outros não ter nome. Eu queria ser lembrado, nem que fosse pelos meus defeitos.

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