Os dias nasciam violados e eu desperdiçava o tempo, escolhendo com que cor estariam meus olhos. Não tinha as horas, o relógio em troca de uma bebida, servida ainda quente na mesa de um bar. O gosto de cachaça não me orgulhava e minha cabeça explodia, imaginando o paraíso que seria ter uma aspirina. Mas eu não tinha nada e estava atrasado, como quem perde o ônibus ou o trem lotado e fica sem destino, vendo o mundo girar. Hoje eu tive que correr de novo, pra poder vir trabalhar.
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