O que quero hoje, já não é o mesmo que queria ontem e certezas me dizem que amanhã mudarei. Não sei desde quando me encontro assim, a tempos que acordo cada dia de um jeito, não me situo a nada, faço cada movimento de uma forma nova e diferente, aprendi a beleza da mutação, vejo com leveza as coisas que ando pensando, não deixo nada me aborrecer, comecei a ignorar os absurdos que tiravam meu sono, não os vi mais como absurdos, fiz descaso com o caos a minha volta, eu ainda o vejo, mas não o trago mais para perto, deixei meus dias ganharem uma doçura peculiar.
Cansei de gritar sem ninguém ouvir, aprendi a falar baixo e estranhamente aí sim as pessoas me deram ouvidos, olho nos olhos de quem me fala, sorrio para quem não conheço, sinto a vida inteira num segundo. Me apaixono em um dia, deixo de amar no outro, me permito e não mais me limito, vivo nessa liquidez de pensamentos, nessa fluência de emoções.
Este desapego, está falta de necessidade de buscar certezas tem me mantido vivo, aceitar cada manhã na sua singularidade, não julgando, querendo sol ou chuva, e sim querendo apenas o momento seguinte, isto me fez ver que erramos em acreditar que a coisas alheias a nós que nos fazem mal, quando na verdade a única forma capaz de machucar você é você mesmo.
Só se é influenciável, quando não se está forte o bastante, meço essa força pelo tamanho do meu sorriso, tenho andado alegre e digo, tudo surgiu de dentro para fora, nunca o contrário.
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