terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Era Lia

Com você não havia lacunas, os espaços eram milimetricamente preenchidos pelo seu sorriso. Eu sabia de cor a cor dos teus olhos, castanhos amêndoados, os meus verdes amedrontados. Você exercia uma força estranha sobre mim. Eu era obsessivo compulsivo por você, e a minha cura é o pecado de te ter, então me pune, porque inferno é a saudade, não custa nada me entregar ao que faz mal, se este é o meu castigo por querer. Seu nome era Lia e lia-se assim, simples e fortemente, então mente e diz meu nome uma vez mais. Hoje o conforto da derrota me cai bem. Porque te perder, já não é ganhar.

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