sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eles são iguais

Todos caminham pela rua fria, o vento lhe corta e estranhamente você gosta.

Pessoas passam, parecem ir a tantos lugares, mas você sabe que não vão a lugar algum. Inocência deles que imaginam estar caminhando de encontro ao futuro e não enxergam que sua vida é um retrocesso, as mesmas noticias em doses diárias que te levam a letargia.

É sempre o mesmo filme, um flashback do dia anterior, só mudam os números, talvez mais mortes, talvez menos, é claro isso depende do número de cifrões. Você pode acreditar que tudo está melhorando e que a direção que escolhemos é a correta, ou saber que cada dia que transpomos é apenas mais um passo em direção ao abismo e que cada dia a mais, é sim um dia a menos.

As vezes prefirimos o conforto da esperança, o que soa como trair-se, porque para quem descobre a verdade uma só vez, a mentira já não possui mais o mesmo gosto, ela corrói sua consciência tal qual o ácido que escorre dos piores venenos.


Será melhor se entregar aos iguais e pensar o mundo da mesma forma que todos seguem, ou ler o universo paralelo que nos cerca onde os acontecimentos realmente se configuram e nos mostram que as atitudes que tomamos e que baseamos como importantes são no mínimo irrelevantes e as verdades simples que ignoramos como sendo fúteis ou sem sentido, são as verdadeiras razões que edificam nossas almas.

Acredite, ou não, a metafísica está aí...

4 comentários:

  1. O conforto da esperança parece sempre ser mais procurado pelas pessoas do que os fatos. De verdade? Prefiro viver num mundo paralelo a me 'entregar aos iguais'. O bom é ser diferente e viver a subjetividade. O comum não é o melhor, o comum devemos deixar para os fracos. Fracos de espírito. :D
    Abraços

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  2. Bom, enfim eu vim aqui ver o tão ansiado post, que segundo seu autor, FICOU ÓTIMO.hahaha

    Concordo em pleno.

    Estão todos correndo pra lugar nenhum.
    Estão todos morrendo por motivo algum.
    E seguimos assim,
    os iguais se servindo do prato requentado que é a rotina
    e alguns poucos vivendo de exceções.

    Pode ter certeza, ser desse primeiro grupo dói menos, mas sem sombra de dúvida, ser do segundo é bem mais interessante.

    :)

    Belo texto!

    aah, gostei de brincar com as tuas tartarugas ;p

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  3. Propaganda é a alma do negócio, e chego aqui após o anuncio feito pelo dono do blog de que esse seria um belo texto. E é.
    Metafísicamente, ou não, me valho do autismo próprio para tentar excetuar-me desse mundo de desgraças.
    Parabéns, Gui.

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