terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Só nós. Só dois.

E no bilhete dobrado, todas as letras, tão amassadas quanto nossos rostos no cedo daquela manhã, beijando com suspiros entre os travesseiros de penas bobas, que de leve da janela eram tocados pelo sol. Não sei se é o gosto do café, ou teu cheiro de menta, algo está em mim da noite anterior. Nosso amor feito em silêncio, revirando o lençol ao som de Los. Fazia tempo que não encontrava alguém que sabia amar. No papel um carinho teu, sem promessa, nem juras, apenas o sabor ácido da vontade. O querer uma vez mais, era uma quase saudade, um apelo por mais uma noite só nós. Só dois.

2 comentários:

  1. Um corpo querendo ser a metade do outro...

    beijos doces, afagos e arrepios transformam-se, neste momento, em saudades...

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  2. Eu prometi que pensaria em palavras boas para comentar aqui. Mas bons mesmo, são estes teus textos magníficos.
    Estou honrada por poder desfrutar das tuas criações, Guilherme.
    Espero que assim como eu, muitos possam sentir essa coisa boa que emana das tuas frases.
    Meus sinceros parabéns.
    A cada dia, gosto mais daqui.

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